Santa Catarina deu início à colheita de cereais de inverno com expectativa de safra recorde de trigo
Com a expectativa de safra recorde de trigo, Santa Catarina dá início à colheita de cereais de inverno. Segundo a Epagri/Cepa, o estado deve produzir 348 mil toneladas de trigo. Monta representa o maior valor dos últimos dez anos.
A abertura oficial da colheita aconteceu na quarta-feira passada (27). Um ato foi realizado no município de Ituporanga.
"Hoje comemoramos a primeira colheita de trigo, que será destinado à ração, um passo importante, porque nós estamos fortalecendo nossa economia, gerando mais riquezas e mantendo o solo sendo cultivado o ano todo. Para o próximo ano, com mais experiência e mais pesquisas, vamos incrementar o Programa de Incentivo ao Cultivo de Cereais de Inverno, para que os produtores abracem essa causa e obtenham mais renda. Estamos fortalecendo não só o agronegócio, mas toda a economia catarinense", destacou o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Altair Silva.
O agricultor Osni Damann recebeu as lideranças em sua propriedade para a primeira colheita de trigo voltado para ração em Santa Catarina. Segundo ele, este é o segundo ano de produção e a produtividade chegou a 55 sacos/hectare. A partir da colheita, Osni ocupará a área para o cultivo de soja.
Safra 21/22
De acordo com estimativa da Epagri/Cepa, Santa Catarina deve colher a maior safra de trigo dos últimos dez anos, com produção de 348 mil toneladas, um incremento de 102% em relação à safra anterior. O cenário resulta do crescimento de 74% na área plantada, reflexo dos bons preços pagos aos produtores, somados a novas políticas de incentivo à produção.
Produtividade
O grande esforço de Santa Catarina para aumentar o cultivo de cereais de inverno se dá pelo imenso consumo de milho da cadeia produtiva de carnes e leite. O agro catarinense consome mais de sete milhões de toneladas do grão por ano e grande parte é importado de outros estados ou países. Na safra 2020/2021, as lavouras do estado sofreram com a estiagem prolongada, além dos ataques da cigarrinha-do-milho, e a produção acabou com uma queda de 27%. As estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) apontam para uma colheita de 1,8 milhão de toneladas, sendo necessário importar cerca de 5,5 milhões de toneladas do grão este ano.
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